Leia o seguinte relato: O trabalhador destinou durante o período de 107 minutos de filmagem 1.373 golpes de podão e realizou 1.209 flexões de coluna. Com base na medição linear de cana cortada durante o tempo da filmagem, a metragem total do dia e a produção do trabalhador amostrada pela empresa nesse dia, pode-se estimar que o trabalhador realizou nesse dia cerca de 3.080 flexões de coluna e pelo menos 3.498 golpes de podão durante aproximadamente 8 horas de jornada de trabalho. Essa atividade, realizada em alta repetitividade, é composta por operações que exigem força, precisão no golpe, flexão de coluna (44% do tempo da atividade), atividade exercida em pé (43% do tempo), rotações de quadril (9% do tempo) e sentado (4% do tempo), as três primeiras em situações extremamente prejudiciais a saúde. O golpe no feixe de cana é “devolvido” na forma de impactos no sistema musculoesquelético. Uma das evidências do risco de lesões é o tamanho do ciclo medido em segundos. O ciclo de trabalho no corte da cana, somando-se os tempos médios de cada ação que compõem a operação de corte em diversas modalidades, obteve um ciclo médio no corte de três ruas de 5,68 segundos; no corte de uma rua, 4,36 segundos. Considerando o acidente apresentado acima, assinale a resposta correta: Os trabalhadores são treinados em ergonomia, por isso eles controlam suas ações para a proteção da sua saúde. O ciclo de trabalho é estimulado pelo pagamento por produção e compromete o sistema musculoesquelético dos trabalhadores. Considerando que esses trabalhadores são muito fortes, a flexão de coluna não compromete a saúde destes trabalhadores durante a jornada de trabalho; Os 3.498 golpes de podão durante aproximadamente 8 horas de jornada de trabalho não comprometem a articulação do braço que segura o podão. Considerando o ciclo médio da cana manual, podemos concluir que não é uma atividade repetitiva.