Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Matemática, escreveu um poema do qual extraímos o fragmento a seguir:Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente apaixonou-se um dia doidamente por uma Incógnita. Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base: uma figura ímpar; olhos romboides, boca trapezoide, corpo retangular, seios esferoides. Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram no Infinito. "Quem és tu?" – indagou ele, em ânsia radical. Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de hipotenusa." (Millôr Fernandes. Trinta Anos de Mim Mesmo). A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao Teorema de Pitágoras, deveria dar a seguinte resposta: a. "Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de hipotenusa." b. "Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de hipotenusa." c. "Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da hipotenusa." d. "Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da hipotenusa." e. "Sou a soma `s dos catetos. Mas pode me chamar de quadrado da hipotenusa."