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Que caracteristica não se aplica a russia no começo do século XX​

Gustastrada

- História

Que caracteristica não se aplica a russia no começo do século XX​

1 Resposta

Fernandaa

Econômica: Atraso industrial. Recebia máquinas para indústrias que já eram velhas, por exemplo, para a Inglaterra. 

Política: Movimentação política. Ainda existia a monarquia dos czares, entretanto, estava brutalmente abalada pela miséria da população, situação econômica de crise, a violência com que o czar tratava seus súditos. 

Social: a servidão havia sido abolida,contudo o czar não deu estrutura aos servos para saírem da miséria a qual estavam acometidos (como aconteceu no Brasil com a libertação dos escravos). O recente proletariado formado pela recente industrialização, vivia na extrema miséria, enquanto a Família Real esbanjava dinheiro. Ainda é importante destacar que existia, nesta época, a burguesia que explorava totalmente a população. 

Atenção se quiser um texto mais detalhado leia: 

Na virada do século XIX, a Rússia emergia do semi-feudalismo para uma sociedade imposta pela maquinaria, marcada pelo início do desenvolvimento da grande indústria. 

A sociedade "moderna" – industrial – apresentava enormes contradições: a miséria. Os operários trabalhavam em ambientes insalubres, com salários extremamente baixos e enfrentavam jornadas de até catorze horas diárias. 

Em 1861, o czar Alexandre II aboliu a servidão, mas de tal forma que não libertou o camponês da opressão social e econômica. Portanto, os camponeses continuavam na situação de miséria, sendo explorados principalmente pelos grandes proprietários de terras. 

A partir de 1881 a Rússia passa a ser governada pelo czar Nicolau II. Czar era o título dado ao imperador russo. Nicolau II era um governo corrupto e arcaico, esse tipo de governo não acompanhou a evolução das transformações econômicas. Reprimia qualquer manifestação contrária ao governo. As forças que davam sustentação política ao czar eram formadas pelos donos de terras - nobreza -, pelos militares e pela Igreja ortodoxa. 

O modelo político russo revelou-se progressivamente inviável e superado, principalmente por não ter conseguido institucionalizar mecanismos eficazes de representação política da vontade popular. 

Desde a metade do século XIX, as idéias – os livros de Karl Marx e Engels – os idealizadores do socialismo científico – eram estudadas por intelectuais russos, e que eram oposição à monarquia. Entre as lideranças que tinham formação marxista, podemos citar: Vera Zasulich, Lênin e Trotski. 

Em 1903, numa assembléia realizada em Bruxelas, o Partido Operário Social-Democrata Russo divide-se em duas facções: Bolcheviques (maioria) e Mencheviques (minoria). 

Bolcheviques: defendiam o socialismo através de uma revolução com luta armada, sem a participação da burguesia, com mudanças radicais do regime capitalista. 

Mencheviques: eram mais moderados que os bolcheviques e defendiam o socialismo através de um processo gradual, com medidas reformistas, eleições e concessões com os burgueses. "A implantação do socialismo deveria ser precedida de uma revolução burguesa e assim abrir caminho para uma revolução proletária." 

As principais lideranças do Partido Operário Social-Democrata Russo, mais precisamente da ala bolchevista, possuíam concepções marxista. Intelectuais que estudaram as obras de Karl Marx. 

Em 1904, estoura a guerra russo-japonesa, os dois países disputam o controle da Manchúria, território pertencente à China; o exército russo em 1905 sofre graves derrotas. Após o fracasso da Rússia na guerra, a situação econômica do país era catastrófica. A guerra agravou a miséria das camadas baixas da população e desmoralizou o governo. Aderrota da Rússia contribuiu para aumentar as manifestações de protesto popular que eclodiram por todo o país e foram duramente reprimidas pelas forças militares do governo. 

Em janeiro de 1905, ainda durante o conflito russo-japonês, cerca de 200 mil pessoas, lideradas pelo padre Georg Gapon, saíram às ruas de São Petersburgo, capital do país, realizando uma gigantesca passeata até o Palácio de Inverno, reivindicando uma Assembléia Constituinte e melhores condições de vida e de salário. As tropas militares do czar – os Cavaleiros de São Jorge – reprimem violentamente os manifestantes, disparando com fuzis contra a multidão, matando cerca de mil pessoas. Esse episódio fica registrado na História como "Domingo Sangrento". 

O massacre – Domingo Sangrento – repercutiu por toda a Rússia, levando à radicalização dos protestos. Greves, saques e manifestações eclodiram por todo o país. Em São Petersburgo sucedem-se as greves e são criados os "sovietes": conselhos de operários, camponeses, militares,etc. 

Diante das intensas revoltas populares, o czar Nicolau II cedeu a algumas exigências dos revolucionários. Assim, legalizou os partidos políticos e concedeu poderes legislativos à Duma, uma espécie de Parlamento. No entanto, reprimiu duramente os sovietes e os movimentos grevistas. Mandou prender e exilar as lideranças oposicionistas mais atuantes.

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