Esta sublime instituição conquistou posição e reputação também pela forma
como conduziu, e continua a conduzir, a si própria como uma presença internacio-
nal. Onde quer que homens e mulheres de aprendizado e pensamento se reúnam,
seu nome e trabalho são conhecidos. Congrega aquele espírito de universalidade
que marca grandes universidades. Juntar-se às fileiras de seus alunos é ser lembra-
do da unidade de nosso mundo globalizado.
O maior desafio individual que o nosso mundo globalizado enfrenta é com-
bater e erradicar suas disparidades. Enquanto em todas as partes do mundo o
progresso é feito consolidando formas democráticas de governo, nos constante-
mente precisamos lembrar a nós mesmos que as liberdades que a democracia traz
permanecerão como conchas vazias se elas não são acompanhadas por melhorias
reais e tangíveis nas vidas materiais de milhões de cidadãos comuns desses países.
Onde homens e mulheres e crianças seguem castigados pela fome, sofrem
com doenças evitáveis, definhando na ignorância e analfabetismo, ou encontrando-
-se desprovidos de abrigo decente, o discurso de democracia e liberdade que
não reconhece esses aspectos materiais pode soar falso e desgastar a confiança
exatamente naqueles valores que buscamos promover. Consequentemente, nossa
obrigação universal para a construção de um mundo no qual haverá maior igualda-
de entre nações e entre cidadãos das nações.
Nelson Mandela - na época, presidente da África do Sul - diz, em seu discurso, que o prêmio que ganha não é de reconhecimento a qualquer feito individual. Segundo ele, o reconhecimento deve - se a que, então?
