1. Paciente E. M.P., 28 anos, branca, do sexo feminino, datilógrafa, procurou o ambulatório do HUT queixando-se de intenso cansaço. A paciente relatou que estava apresentando era algo diferente e que não sabia explicar (sentia intensa fraqueza, mas não se sentia cansada). Relatou que geralmente acordava bem disposta e que iniciava suas atividades pela manhã normalmente, mas no decorrer do dia apresentava uma fraqueza que se intensificava progressivamente, a ponto de quase não ter força para manter o seu ritmo habitual de datilografia. Nas últimas semanas, como o cansaço aumentava, começou a tomar vitaminas e sais de ferro para anemia. Não melhorou e a fraqueza se intensificou a ponto de ter dificuldades para se locomover, manter os olhos abertos (tinha vontade de ficar na cama deitada). Sentia-se cansada até para respirar. No mesmo dia a paciente foi internada e durante o exame o residente clínico administrou 2mg de edrofônio por via endovenosa. Passados alguns minutos, a paciente relatou uma marcante melhora e a recuperação de sua força muscular ocorreu em poucos minutos. Tal fato confirmou a hipótese diagnóstica de miastenia gravis. Feito o diagnóstico o residente recomendou que a paciente fosse medicada com neostigmina, 0,5mg de 5 em 5 horas. Ainda no hospital a paciente queixou-se de cólicas abdominais e excessiva salivação, o que foi contornado com o emprego de atropina. Diante deste caso você saberia explicar de que maneira atua a Neostigmina para melhorar a força muscular da paciente? E o emprego da atropina para reverter tais sintomas?
