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NÓS. MAS, AFINAL,
NÓS QUEM??

A antologia que você tem em mãos é um desafio que me dispus a organizar e ilustrar e poderia ter muitos nomes, emprestados das mais de 275 línguas indígenas, que já foram mais de mil quando os europeus desembarcaram no pré-Brasil. Imagine a infinidade de histórias inspiradoras, narradas pelos mais velhos aos mais novos, ao redor de uma fogueira na boca da noite! Pois bem, algumas dessas narrativas já foram coletadas e registradas por pesquisadores, especialistas, acadêmicos, tupinólogos, curiosos e aventureiros. Só que as dez histórias reunidas aqui são narradas por escritores indígenas, legítimos herdeiros de diferentes etnias, que oferecem uma oportunidade de desatar alguns desses "nós". Afinal, quem somos nós? De onde viemos? Para onde vamos? Os indígenas são aqueles que de fato pertencem ao lugar. Nativos, como dizem. Gente da terra, com a qual mantém uma relação de profunda dependência, interação, respeito e parentesco. Índio, caipira, caboclo, caiçara, ribeirinho, quilombola, camponês, interiorano cada qual sob sua cultura, língua, costumes, tradições e território, que ainda sentem estreiteza com os outros e com a própria natureza. A maioria da população vive hoje quase integralmente nas cidades. Além disso, pelo menos 40o% dos indígenas também sobrevivem fora de suas aldeias de origem, buscando manejar os códigos e as demandas da sociedade dominante. Lutam para ser aceito se respeitados pelas suas raízes ancestrais. Embora sejam brasileiros, os dez escritores que assinam as narrativas desta coletânea são antes Mebengôkré Kayapó, Saterê-Mawé, Maraguá, PiráTapuya Waikhana, Ba- latiponé Umutina, Taurepang, Umuko Masá Desana, Guarani Mbyá, Krenake Kurâ-Bakairi. A importância em acolher, proteger e conhecer todas essas identidades é maior do que se imagina. Os indígenas po- dem nos ensinar a viver melhor em um mundo pior, já afirmou o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro. Podem nos ajudar a redesenhar a paisagem que a sociedade vigente desfigura; a recuperar valores essenciais de convívio, compreensão e comprometimento para enfrentar as dramáticas alterações que causamos aos biomas, à fauna e ao clima; a mostrar que os atuais padrões de consumo são insustentáveis e que os modelos políticos e econômicos são incapazes de produzir uma sociedade justa, saudável e digna para todos. O falecido líder indígena Moura Tukano, um dos padrinhos da atual geração de indígenas escritores, certa vez confessou que estranhava a humanidade "branca" precisar de anos de formação para aprender o valor das coisas, das plantas, dos animais, dos seres humanos. E, em contrapartida, levar um átimo para conhecer o valor dos minérios. Ele também me disse que todo barulho que fazemos é pela incapacidade de ouvir o silêncio. Para ele, o tal desenvolvimento era mesmo um desenvolvimento. A chamada literatura indígena carrega esse desejo profundo de reatar e fortalecer os laços entre todos nós, de uma sabedoria antiga, cujos ecos ainda estão por aí pedindo reforço em palavras e imagens.

ATIVIDADE:

01- LER O TEXTO, E FAZER UM COMENTÁRIO DE 10 LINHAS E DIZER QUAL DISCUSSÃO É LEVANTADA NO TEXTO!!

1 Resposta

Alexandre

A Atividade já diz, você tem que fazer um comentário de 10 linhas tipo um REMUSO de 10 linhas e dizer qual discussão é levantada o texto !!!

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