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PERGUNTA 1Compare o trecho final do conto de Cl

matttecch

- Português

PERGUNTA 1

Compare o trecho final do conto de Clarice Lispector com o poema de Manuel Bandeira:

“Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só́ para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já́ pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada.
Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo.
Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.”

“Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .
— O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.”

À luz da relação particular e universal que se pretende na literatura, assinale a alternativa que expressa corretamente o que ambos os textos têm em comum:

a. Ambos os textos apontam para a experiência universal do amor não correspondido.
b. Ambos os textos tratam de sentimentos universais da infância e da descoberta do amor.
c. Os textos apresentam duas possibilidades complementares de relacionamento amoroso, o correspondido e o não correspondido.
d. Ambos os textos comparam uma situação particular com a experiência universal das relações amorosas.
e. Tanto o porquinho-da-índia quanto a menina com o livro são exemplos de relações afetivas universais.

PERGUNTA 2

“Como não sabia falar direito, o menino balbuciava expressões complicadas, repetia as silabas, imitava os berros dos animais, o barulho do vento, o som dos galhos que rangiam na caatinga, roçando-se. Agora tinha tido a ideia de aprender uma palavra, com certeza importante porque figurava na conversa de Sinha Terta. Ia decorá-la e transmiti-la ao irmão e à cachorra. Baleia permaneceria indiferente, mas o irmão se admiraria, invejoso. – Inferno, inferno.
Não acreditava que um nome tão bonito servisse para designar coisa ruim. E resolvera discutir com Sinha Vitória. Se ela houvesse dito que tinha ido ao inferno, bem. Sinha Vitória impunha-se, autoridade visível e poderosa. Se houvesse feito menção de qualquer autoridade invisível e mais poderosa, muito bem. Mas tentara convencê-lo dando-lhe um cocorote, e isto lhe parecia absurdo. Achava as pancadas naturais quando as pessoas grandes se zangavam, pensava até que a zanga delas era a causa única dos cascudos e puxavantes de orelhas. Esta convicção tornava-o desconfiado, fazia-o observar os pais antes de se dirigir a eles. Animara-se a interrogar sinha Vitória porque ela estava bem-disposta. Explicou isto à cachorrinha com abundância de gritos e gestos.”

A famosa obra de Graciliano Ramos narra a saga de uma família de retirantes que foge da seca e enfrenta severas dificuldades para sobreviver. Observe as afirmações a seguir e assinale a alternativa que apresenta correta e respectivamente quais são falsas e quais são verdadeiras.

(I) Este trecho, narrado com o recurso do discurso indireto livre, em que se mesclam a fala do personagem com o narrador, descreve o momento em que o menino, após ouvir a palavra “inferno”, se frustra na tentativa de descobrir seu significado.
(II) O menino não compreende o significado de inferno pois é muito novo e não sabia falar direito, mas estava animado para interrogar Sinha Vitória.
(III) O trecho mostra que, dependendo das circunstâncias socioeconômicas, a infância será afetada não apenas pela pobreza, mas também em seu direito de educação.
(IV) O menino explica a Baleia, com gritos e gestos, que estava contrariado por ter levado um cocorote da mãe ao perguntar se ela já tinha ido ao inferno.

a. Verdadeira, falsa, falsa, verdadeira
b. Verdadeira, falsa, verdadeira, verdadeira
c. Falsa, verdadeira, verdadeira, falsa
d. Verdadeira, verdadeira, falsa, verdadeira
e. Falsa, falsa, verdadeira, verdadeira

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