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O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves: Oh! eu

O trecho a seguir é parte do poema “Mocidade e morte”, do poeta romântico Castro Alves: Oh! eu quero viver, beber perfumes
Na flor silvestre, que embalsama os ares;
Ver minh’alma adejar pelo infinito,
Qual branca vela n’amplidão dos mares.
No seio da mulher há tanto aroma…
Nos seus beijos de fogo há tanta vida…
– Árabe errante, vou dormir à tarde
À sombra fresca da palmeira erguida.
Mas uma voz responde-me sombria:
Terás o sono sob a lájea fria.
(ALVES, Castro. Os melhores poemas de Castro Alves. Seleção de Lêdo Ivo. São Paulo: Global, 1983.)

Esse poema, como o próprio título sugere, aborda:

a)o conformismo com a morte que a todos atinge;
b)a falta de fé, uma das características da 3ª geração poética;
c)o inconformismo do eu-lírico com a antevisão da morte prematura;
d)o eu-lírico transmite uma certa alegria, jovialidade e otimismo.
e)o amor impossível de ser realizado, uma das características da 2ª geração poética;

1 Resposta

Shaday

É correta a alternativa E.

Quando Castro Alves usa a palavra "sono" diz que o terá sob a lájea fria - ou seja, dentro da tumba, debaixo da terra -, quando finalmente poderá descansar.

A ideia do poema - e da própria obra de Castro Alves - é que a arte tem uma função política e social importante, o artista não pode se abandonar aos prazeres da carne e viver em pleno descanso, devendo se colocar politicamente - no caso de Castro Alves, contra a escravidão - e descansar somente quando já não estiver mais vivo.

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