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Compare o trecho final do conto de Clarice Lispector com o p

Compare o trecho final do conto de Clarice Lispector com o poema de Manuel Bandeira: “Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só́ para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade sempre ia ser clandestina para mim. Parece que eu já́ pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar... Havia orgulho e pudor em mim. Eu era uma rainha delicada. Às vezes sentava-me na rede, balançando-me com o livro aberto no colo, sem tocá-lo, em êxtase puríssimo. Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.” (Clarice Lispector, “Felicidade clandestina”, 1971). “Quando eu tinha seis anos  Ganhei um porquinho-da-índia.  Que dor de coração me dava  Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!  Levava ele pra sala  Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos  Ele não gostava:  Queria era estar debaixo do fogão.  Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas . . .  — O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.” (Manuel Bandeira, Libertinagem, 1930) À luz da relação particular e universal que se pretende na literatura, assinale a alternativa que expressa corretamente o que ambos os textos têm em comum​

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