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Caro aluno, agora que já estudamos todos os principais assuntos relativos ao 4° bimestre, é hora

Camila

- Português

Caro aluno, agora que já estudamos todos os principais assuntos relativos ao 4° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida. Então, vamos lá?A partir do texto abaixo, reflita sobre a noção de preconceito e sobre os diversos tipos de preconceito, em seguida elabore um período com a mesma estrutura dos exemplos do texto. O período deve fazer referência a uma espécie de preconceito que conste ou não no texto desde que apresente outro argumento.

Depois da reflexão e da elaboração do período, você deve escrever um parágrafo em que apresente um ponto de vista relacionado ao preconceito que escolheu.

A avaliação considerará o uso de recursos linguísticos como modalização, estratégias de impessoalização, pressupostos, subentendidos e tudo que você aprendeu a respeito de argumentação.

Texto

Se ouvir “Eu não sou preconceituoso, mas…”, corra para longe

Eu não sou preconceituoso, mas…

Esta frase é deliciosa. Não é um aviso de “olha, não encare isso como preconceito”, mas um alerta. Do tipo “segura, que lá vem um preconceito”. A ressalva, completamente inútil, serve, pelo contrário, para reforçar que a pessoa em questão é exatamente aquilo pelo qual não gostaria de ser tomada.

Cultivamos nosso medo e ódio, mas, às vezes, pega mal expressá-los em público assim, tão abertamente. Porque pode ser visto como crime ou delito. Ou serem criticados – mesmo que ia críticos compartilhem da mesma visão de mundo que você. E, além do mais, como todos sabemos, o Brasil é o país da alegre miscigenação, em que todos são considerados iguais em direitos. Os que discordam disso devem se mudar ou levar um corretivo para deixarem de serem bestas. É isso: ame-o ou deixe-o. É engraçado como o preconceituoso não se vê como tal. Quem solta um “Eu não sou preconceituoso, mas…” separa essa palavra de seu significado e pensa o preconceito como algo abstrato, etéreo. Uma ideia que não teria nada a ver com tratar pessoas de forma diferente ou fazer um julgamento prévio de seu caráter devido à sua classe social, orientação sexual, cor de pele, etnia, nacionalidade, identidade de gênero, pela presença de alguma deficiência e por aí vai. E cabe tanta abobrinha em um “Eu não sou preconceituoso, mas…” que ele se tornou o novo “Amar é…”, presente naqueles livrinhos simpáticos da minha infância.

Duvida?

Eu não sou preconceituoso, mas mulher no volante é um perigo.

Eu não sou preconceituoso, mas tenho medo desses escurinhos mal-encarados que pedem dinheiro no semáforo.

Eu não sou preconceituoso, mas cigano é tudo vagabundo.

Eu não sou preconceituoso, mas é aquela coisa: não estudou, vira lixeiro.

Eu não sou preconceituoso, mas não gostaria de ver minha filha casada com um negro. Eu não sou preconceituoso, mas esses sem-teto são todos vagabundos.

Eu não sou preconceituoso, mas chega de terra para índio, né? Se eles ainda produzissem para o país, mas nem isso acontece.

Eu não sou preconceituoso, mas esses mendigos deviam ir para a periferia onde não incomodariam ninguém.

Cuidado, seja sutil. Preconceito é para ser dito, repetido e aplicado, mas com naturalidade. Diluído no dia a dia, aparece como uma forma de manter a ordem das coisas e de lembrar quem manda. E quem obedece. Pesquise sobre o assunto antes de escrever o seu texto.

1 Resposta

dailaneazevedo

Bom eu não sei oq vocês estavam estudando

Explicação:

boa aul

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