A procura Andei pelos caminhos da Vida.
Caminhei pelas ruas do Destino -
procurando meu signo.
Bati na porta da Fortuna,
mandou dizer que não estava.
Bati na porta da Fama,
falou que não podia atender.
Procurei a casa da Felicidade,
a vizinha da frente me informou
que ela tinha se mudado
sem deixar novo endereço.
Procurei a morada da Fortaleza
Ela me fez entrar: deu-me veste nova,
perfumou-me os cabelos,
fez-me beber de seu vinho.
Acertei o meu caminho.
CORA CORALINA. Meu livro de cordel. São Paulo: Global, 2013. P.81.
1. No poema em estudo, há o emprego de certas palavras com um sentido diferente do usual ou
convencional, o que caracteriza a linguagem conotativa ou figurada. Nesses versos, o que o eu lírico
parece buscar, ao sair pelo mundo?
2. Segundo o eu lírico, foi longa a caminhada na tentativa de encontrar um destino definitivo. Explique
por quê.
3. Observe que a Fortuna, a Fama e a Felicidade são retratadas como pessoas, ou seja, são personificadas
com o uso da linguagem conotativa. Nesse caso, são escritas com a inicial maiúscula. Identifique os
versos em que ocorrem essas três personificações.
4. Em sua opinião, por que o eu lírico buscou primeiramente Fortuna, depois Fama e, em seguida,
Felicidade?
5. Que expressão em sentido conotativo ou figurado, no poema, sugere o sentido de renovação na vida
do eu lírico, após ter encontrado a Fortaleza?
6. A expressão “veste nova” representa uma metáfora, figura de linguagem em que as palavras são
empregadas em sentido figurado. Em que outros versos do poema há exemplos de metáforas?
7. Explique por que no último verso, o eu lírico diz que acertou o caminho.