Imagine que você tenha a opção de viajar para um país no próximo mês e fará um quadro de pós e contras para tomar essa decisão. Você vai pesar fatores que dizem respeito a você, como disponibilidade de tempo, de dinheiro e aptidão física, mas também se fará sol ou chuva nesse destino, se a moeda está favorável, se há boas condições de segurança, entre diversas características que fogem do seu controle. Nas empresas, a Matriz SWOT cumpre esse papel de colocar na balança o que há de vantagem e desvantagem em uma empreitada.

Conhecida no Brasil como Matriz FOFA, ela mede as forças (S, de stregths), fraquezas (W, de weakenesses) do negócio – fatores internos –, assim como oportunidades (O, de opportunities) e ameaças (T, de threats) do macroambiente – fatores externos. Muito utilizada pelas empresas durante o planejamento estratégico e para novos projetos, ela consiste em uma análise detalhada da situação do negócio no cenário econômico, o que ajuda o empreendedor na tomada de decisão. Seu principal objetivo é dar um diagnóstico estratégico que deve prever e prevenir condições negativas, além de firmar diretrizes que façam o empreendimento se diferenciar.

Como montar uma matriz SWOT?

O primeiro passo para colocar em prática essa técnica estratégica é definir quais são os pontos fracos e fortes do ambiente interno do negócio, ou seja, o que é controlado pela empresa. Os pontos fracos ou fraquezas consistem em analisar o que pode ser feito para melhorar o negócio: se os funcionários possuem as capacidades que o cargo exige, quais as deficiências de seus funcionários, produtos e/ou serviços, e porque seus clientes não voltam após uma compra.

Em seguida, definem-se os pontos fortes, que devem ser algo como: o que você faz de melhor na empresa, de quais recursos o empreendimento dispõe, o que seu negócio possui de melhor em relação ao concorrente e o que faz seus clientes retornarem à empresa.



SEGUNDA ETAPA: Estudo de Caso

MC DONALDS

O McDonald’s é a mais conhecida rede de restaurantes do mundo. Nascida de uma inovação do processo de fast food, a empresa se expandiu pelo sistema franchising. O restaurante oferecia comida rápida e barata mesmo antes de ser uma rede. O primeiro restaurante iniciou suas atividades em 1937 na Califórnia, Estados Unidos. Inicialmente no formato drive-in, ou seja, os clientes eram atendidos nos carros. Esse sistema era moda devido ao apego aos automóveis e ao modo de vida vigente na região à época. Os fundadores do primeiro restaurante, Richard (Dick) e Maurice McDonald, alcançaram sucesso rapidamente. Apesar do sucesso inicial de seu negócio, os empreendedores vislumbram que a velocidade da operação poderia ser um diferencial, visto que seu restaurante, que era uma imitação de outra ex-inovação na região, rapidamente encontrou novos concorrentes.



Kroc, um vendedor de mixers para milk shake, negociou um acordo de franquia que concedia a ele direitos exclusivos da franquia McDonald’s nos EUA. A parceria com os irmãos foi o ponto de partida para a formatação do que seria a franquia padrão McDonald’s. Apesar de já vender algo parecido com franquias antes de Kroc, a operação se ressentia de um maior profissionalismo e de uma pessoa que encarasse o desafio de transformar aquele modelo de negócios em uma rede que tivesse uma identidade e um padrão definido.

Segundo a revista Exame (2004), há mais de uma década os principais problemas da empresa uma década atrás já eram as: refeições calóricas; campanhas anticarboidratos; campanhas antiglobalização; relação problemática com os franqueados; baixa remuneração dos empregados. A empresa também sabe que tem que responder eficazmente às percepções negativas sobre a categoria do segmento IEO (informal eating out).

O aumento da concorrência e as novas tendências alteraram o padrão de consumo e o cardápio dos restaurantes, o que causou um problema na definição de fornecedores e afetou a escala global. A empresa considera que seu segmento de atuação, o informal eating out, permanece estagnado recentemente. O que aconteceu é que em alguns países o crescimento foi apenas modesto e em outros chegou a diminuir (McDonald’s Corporation, 2015). A geração chamada millennials, o termo designa a geração nascida entre 1980 e 2000, se contrapõe as gerações anteriores nos quesitos saúde e alimentação.

O McDonald’s na virada do milênio lançou um cardápio mais natural, mas não pode deixar de lado o cardápio tradicional. Alguns produtos como os Wraps, espécie de lanche enrolado customizado que utiliza alimentos mais frescos, paralisam a cozinha e aumentam a demora na entrega das refeições. Ao longo dos anos, o tempo de espera para ser atendido no McDonald’s