Leia o texto a seguir. “Eu costumo chamar isso de ‘imaginário do tronco’, que continua pautando as ideias e as versões que as pessoas têm sobre o passado escravista do Brasil. As pessoas imaginam que a vida desses escravos era passar todo o tempo sendo açoitados nos troncos e, na verdade, foi muito além disso e muito mais dinâmico. Manter esses mitos e equívocos até hoje é manter a ideia clara de que aqueles homens e mulheres não foram agentes históricos, e sim vítimas. A vitimização transforma as pessoas em coisas - e ‘coisa’ eles nunca foram. Eles foram homens e mulheres agentes da história, o que significa dizer que são corresponsáveis pela construção das formas de organização social. Eles atuaram, agiram e fizeram projetos de variadas formas. Muitas vezes resistiram à escravidão e outras vezes se tornaram proprietários de escravos – e isso era muito comum, claro, já que a sociedade da época era uma sociedade escravista.
Eduardo França Paiva, Professor do Departamento de História da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
O professor Eduardo Paiva contesta a visão de vitimização dos escravizadas e escravizados ao afirmar que
A
resistiram ao sistema escravista imposto no Brasil.
B
discordavam da exploração do trabalho, imposta pelos proprietários.
C
foram incapazes de mudar a condição escravista que lhes era imposta. .
D
foram excluídos das atividades econômicas urbanas e rurais no Brasil.
E
tiveram dificuldades em participar da sociedade escravista brasileira