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Texto ii: a ciência e outras espécies de conhecimento a ciência é apenas uma parte da tentativa

Crislane

- Filosofia

Texto ii: a ciência e outras espécies de conhecimento

a ciência é apenas uma parte da tentativa da humanidade de compreender o mundo em todos os seus aspectos. o homem esforça-se por descobrir uma ordem no fluxo da experiência, quer essa ordem seja observada, como na repetição das estações, quer seja postulada por teorias refinadas como as da relatividade, mecânica quântica e evolução. a busca da ordem na experiência une ciência, literatura, história, religião, filosofia e arte. a ciência procura essa ordem na experiência da natureza adquirida pelo homem; a literatura e a arte procuram-na na experiência interior do homem e em suas relações com os seus semelhantes; a história, no passado humano; a religião, na relação do homem com um ser supremo; e a filosofia em todos esses empreendimentos.

a ciência tanto restringe como amplia a experiência da natureza. restringe essa experiência quando se empenha em eliminar tudo o que nela for puramente pessoal. procura remover tudo o que for único no cientista, individualmente considerado: recordações, emoções e sentimentos estéticos despertados pelas disposições de átomos, as cores e os hábitos de pássaros, ou a imensidão da via-láctea. também se esforça por banir seja o que for que as pessoas experienciam, mas em diferentes graus, dependendo da perspectiva e das condições físicas da experiência. por conseguinte, a ciência elimina a maior parte da aparência sensual e estética da natureza. poentes e cascatas são descritos em termos de frequência de raios luminosos, coeficientes de refração e forças gravitacionais ou hidrodinâmicas. evidentemente, essa descrição, por mais elucidativa que seja, não é uma explicação completa daquilo que realmente experienciamos.

ao esforçar-se por ser objetiva, a ciência exclui toda e qualquer referência à experiência subjetiva, individual, ou coletiva. logo, a ciência descreve um mundo de coisas sem valor, interatuando como se a humanidade não existisse. mas como a natureza que experienciamos está impregnada de nossas avaliações – como no terror dos furacões, na calma das lagoas, e na tristeza doce e suave do cair das folhas – a descrição científica da natureza permanece fria, incompleta e insatisfatória.

por outro lado, a ciência amplia o conhecimento ao corrigir a nossa experiência imediata da natureza. a ciência não substitui essa experiência, mas transcende-a, pois a experiência imediata é o nosso primeiro e sumamente tendencioso encontro com a natureza, e está frequentemente errada. na experiência imediata, deparamos com objetos sólidos e cores, mas a ciência demonstrou que um objeto sólido é, na realidade, um aglomerado de partículas e que as suas cores não lhe são inerentes. a ciência começa precisamente porque não podemos entender ou controlar de forma adequada a natureza, dentro dos limites da experiência comum.

ciência, literatura, arte, história, religião e misticismo iluminam aspectos da realidade. a filosofia esforça-se por ver a realidade total. analisa a natureza e as descobertas dos diferentes ramos do conhecimento, examina os pressupostos em que elas assentam e os problemas a que dão origem, e procura estabelecer uma visão coerente do domínio total da experiência.

cada uma dessas formas do conhecimento merece ser cultivada por si. à sua maneira própria, cada uma delas familiariza-se com uma parte da realidade. devemos ver a ciência em seu lugar e não esperar que ela assimile ou desacredite essas outras atividades.

1)segundo kneller, a ciência é apenas uma parte da tentativa humana de compreender o mundo. quais as outras espécies de conhecimento citadas pelo autor que se distinguem da ciência? destaque a importância destas outras formas de conhecimento. a tese de kneller pode ser relacionada a visão positiva que foucault apresenta em relação às ciências humanas? ​

1 Resposta

heylivis

Abandona-se todo tipo de subjetividade para considerar apenas aquilo que é visível. Correto Corrigido pelo AVA.

Explicação:

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