Os direitos sociais, dentre eles o lazer, são direitos que asseguram que a civilidade humana seja universalizada, por isso a obrigação de o estado garanti-los a todas as pessoas. Pensando no direito ao lazer, há a necessidade de que a sociedade civil se organize para exigir que sejam construídos equipamentos de lazer - parques, cinemas, teatros, espaços esportivos públicos, e pela elaboração de políticas públicas para o setor. No entanto, é importante que a ampliação das possibilidades do acesso venha acompanhada por uma preocupação com o conteúdo e a forma como as atividades serão desenvolvidas nesses espaços. Do ponto de vista emancipatório, nosso desejo é por atividades e experiências de lazer que promovam a humanidade nos homens, parafraseando saviani. O estado tem um papel educativo fundamental e não deveria promover ou fomentar em seus espaços públicos programações/atividades que reproduzam um conteúdo alienante ou que represente uma cultura mercantilizada. Neste sentido, apoiados em marcellino (1987), analise as seguintes assertivas. I) a diversão é o objetivo final de uma política pública de lazer e, desse modo, ainda que esta desenvolva modelos reproduzidos da indústria cultural, mais importante é que o público saia satisfeito; ii) não cabe aos agentes públicos e políticos justificar suas ações no campo do lazer com saídas populistas, traduzidas pelo pensamento de que "é o conteúdo que agrada o povo"; iii) o gosto é uma construção histórica e cultural e, nesse sentido, cabe compreendermos as políticas de lazer como um possível ato educativo na construção do gosto humano, que esteja a favor do enriquecimento cultural das classes mais pobres e não uma reprodução de atividades esvaziadas de conteúdo, funcionalistas, manipulatórias ou compensatórias; está correto o que se afirma em:
