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Ensino Religioso – 9º Ano – 1ª SemanaTexto: Ciência e religião (EF09ER07X) Identificar, descrever

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Ensino Religioso – 9º Ano – 1ª Semana
Texto: Ciência e religião
(EF09ER07X) Identificar, descrever e formular princípios éticos (familiares, religiosos e culturais) que possam alicerçar a construção de projetos de vida.

Ciência e religião

O relacionamento entre Ciência e Religião remonta à Antiguidade. Desde o momento em que o homem começou a adquirir conhecimento sobre o que chamamos ‘realidade’, muitas foram as críticas e compatibilizações entre um pensamento que transcende o natural e aquele que o considera seu limite. A ciência é, certamente, o conhecimento mais elaborado que o homem já construiu e tem prevalecido sob outras formas, como aqueles de origem sensorial, espiritual ou mesmo o filosófico. A Religião (entendida como as crenças, práticas e expressões dos principais grupos humanos ao longo da história) aponta para outras fontes de explicação, a saber, deuses e seres espirituais.

As relações que se estabeleceram entre esses dois campos podem ser divididos em três posicionamentos: isolamento, conflito inevitável e compatibilidade. A primeira nos levaria a considerar que Ciência e Religião não disputam sobre nenhuma verdade. Enquanto a ciência teria o propósito de nos informar sobre o mundo natural, teríamos experiências religiosas como fonte de sentido para a atuação de Deus no mundo.

O conflito só seria inevitável, portanto, quando esses posicionamentos se tornam excludentes: “O conflito é inevitável somente quando adicionamos a esta caracterização de ciência a alegação que as únicas crenças justificáveis sobre o mundo natural são aquelas que surgem da experiência sensorial e do método científico, ou quando adicionamos à caracterização da religião a alegação que nenhuma crença sobre o mundo natural adotada com base na autoridade religiosa pode ser revisada com base em evidência empírica. ” (MURRAY; REA, 2008, p. 195, grifo do autor, tradução nossa).

Muitos acreditam que o conflito entre Ciência e Religião não pode ser solucionado, pois os elementos explicativos da ciência adotam uma metafísica naturalista, enquanto que a essência da religião é acreditar no sobrenatural. Os temas mais complicados seriam, certamente, os milagres e as experiências religiosas, por exemplo, devemos acreditar na medicina ou na cura pela fé?

Paul Draper (2004), um filósofo naturalista, afirma que mesmo uma posição moderada do naturalismo, que não nega o sobrenatural, implica em procurar primeiro por explicações naturais, e não admitiria o uso do sobrenatural para preencher lacunas nas explicações científicas. Há uma presunção em aceitar o naturalismo, pois são as explicações com causas mais prováveis de se encontrar. Alguns pensadores cristãos, entretanto, afirmam que o comprometimento com o naturalismo é anterior à ciência moderna, sendo mais uma tendência não justificável, um comprometimento pré-teórico, do que algo implicado pela atitude científica. Alguns filósofos como Michael Rea, James P. Moreland e William L. Craig comentam que as dificuldades que os cientistas enfrentam em explicar a vida ou a consciência são atualmente insuperáveis e isso poderia levar a considerar hipóteses baseadas no teísmo.

De acordo com o filósofo Alvin Plantinga , podemos relacionar a crença teísta de que Deus criou o mundo com o caráter empirista da ciência. Já que essa criação é um ato livre, e não uma necessidade, ela é contingente. Sendo contingente, o conhecimento que se pode adquirir do mundo depende de experiência, o que caracteriza o tipo de conhecimento produzido pelo método científico.


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