Embora nem sempre exista uma palavra ou um conceito específico, as festas e celebrações, as práticas corporais, os jogos, as músicas, as conversações e outras experiências de sociabilidade podem assumir a feição de lazeres que têm significados e sentidos singulares para os sujeitos que as vivenciam ludicamente. Isso não quer dizer que o lazer em contextos minoritários seja ingenuamente representado como algo "puro" ou "autêntico". GOMES, Christianne Luce. Lazer: necessidade humana e dimensão da cultura. Revista Brasileira de Estudos do Lazer, v. 1, n. 1, p. 3-20, 2014. A cultura, o tempo e a atitude fazem parte da compreensão do conceito de lazer, deste modo, se faz importante analisar as afirmações abaixo: I. Nos séculos em que todas as necessidades decorriam das terras, os itens considerados essenciais para a sobrevivência dos seres humanos eram: casa, roupas e alimentos. II. O processo de industrialização do trabalho apresenta quebra de paradigma e, o ambiente laboral não é mais compreendido como um lugar de realizações lúdicas, prazeres ou de festa. III. Pode-se afirmar que é necessário estabelecer uma relação histórica para o lazer e também compreender que o sistema capitalista contém a dinâmica necessária para compreensão da apreciação operacional do lazer. IV. A revolução industrial é compreendida como um marco, visto que substituiu o trabalho manual e artesanal pelo trabalho salariado e com utilização predominante de máquinas, o que garantiu mais tempo para o lazer dos trabalhadores.
