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Amarelo… Amarelo… Depois do almoço voltei ao shopping.

Gabrieldiniz

- Enem

Amarelo… Amarelo… Depois do almoço voltei ao shopping. Beatrix foi comigo. Confesso que, contra a minha vontade, estava fascinada por ela. Ela me intrigava, e passei a suspeitar de que escondia algum mistério. Mas que mistério pode guardar uma menina de três anos? A 23 de Maio estava miraculosamente livre. Eu estava com pressa e apertei fundo o acelerador, desviando com facilidade de um ou outro motorista mais lerdo. Sentada no banco de trás, o rostinho voltado para o vento que agitava seus cabelos. Beatrix era a própria felicidade. – Eu gosto do seu carro, tia! Ufa, ela virou o disco! Pensei com alívio, notando que ela continuava me chamando de tia. Eu, tia? Estranho, mas isso me dava uma certa satisfação. Na loja, como era de se esperar, ninguém sabia como aquilo tinha acontecido, foram milhões de desculpas e claro que nós vamos trocar o vestido, o sapato, a fita. A gerente olhava irritada para a vendedora confusa. Ao sair da loja com o novo embrulho, que desta vez continha, com certeza um vestido cor-de-rosa, ainda ouvi a moça se desculpando, perplexa. – Mas dona Neide, não dá pra entender, a gente nem tinha recebido esse modelo em amarelo. [. ] –Tia, eu gosto do seu carro. ARGEL, Marta. Amarelo. Amarelo. In: O livro dos contos enfeitiçados. São Paulo: Landy Editora, 2006. P. 26-27. Fragmento. No trecho ". A gente nem tinha recebido esse modelo em amarelo. " (6º parágrafo), as reticências indicam hesitação. Indiferença. Provocação. Deboche. Incredulidade

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