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(FGV-SP) — Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos,

(FGV-SP) — Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física. William Blake* sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo. Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema. Rubem Alves. A complicada arte de ver. Folha de S. Paulo, 26.10.2004.​ *William Blake (1757-1827) foi poeta romântico, pintor e gravador inglês. Autor dos livros de poemas Song of Innocence e Gates of Paradise. Assinale a alternativa em que as vírgulas estão sendo usadas pelas mesmas razões que são empregadas no trecho: Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente. A Se entrarmos em conflito, lutamos contra nossa consciência.

1 Resposta

A arte imita a vida

A arte é vista de forma diferente por diferentes indivíduos e essa variação deriva das diferentes experiências que cada pessoa passa no decorrer de sua vida.

A arte, para mim, é uma forma de manifestação da psique humana, das vontades, desejos e experiências das pessoas.

É assim que eu vejo a música, como uma forma de exteriorizar o que se sente, o que se passa na mente das pessoas.

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