Explicação:

Desde os primórdios da humanidade, o homem pintava nas paredes das cavernas a sua necessidade de proteção, fertilidade e boa caça. Quando deixou de ser nômade e passou a se estabelecer em forma de sociedade, suas necessidades básicas de alimentação foram supridas com o cultivo da agricultura e a criação de animais.

Com o apoio do grupo, o homem passou a ter mais tempo para pensar na sua própria origem. Então, através da sua relação com a natureza, surgiram os Mitos, em uma tentativa de explicar toda a Criação. As famílias construíram suas casas na aldeia de forma circular e no centro realizavam suas confraternizações e rituais religiosos.

Surgiram então a dança e o teatro. Os xamãs foram considerados os primeiros atores da humanidade. Atuando em rituais eles transmitiam o conhecimento dos Mitos e dos Deuses através da representação. Em outros rituais religiosos os homens se reuniam em círculos e dançavam, saudando as forças da natureza e pedindo a fertilidade do solo para o plantio e uma boa colheita.

Para o antigo povo hindu, por exemplo, a dança é o início de tudo. Segundo o mito do Senhor da Dança, Shiva Natajara, conferiu vida à matéria por meio da energia de seus movimentos. Então a matéria começou a dançar e apareceu em torno de Shiva como uma auréola, emanando energias construtivas. São estes movimentos da dança de Shiva que sustentam desde sempre, os fenômenos do Universo.

Tanto a Dança quanto o Teatro refletem a necessidade de comunhão e celebração entre as pessoas. Mas de modo geral, todas as formas de expressão artística liberam o nosso potencial criativo. É uma forma de transformarmos o sofrimento em arte, e a arte em conhecimento. Assim, cada modalidade artística é também uma ferramenta prática para o despertar, pois ao vermos nossos sentimentos materializados, tomamos consciência do movimento da psique. Uma ótima oportunidade de harmonizar o nosso conteúdo interior.

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