Segundo Mbembe, o racismo possui um papel relevante na racionalidade própria do biopoder. O que o referido autor apresenta como justificativa para essa afirmação? Marque a alternativa que apresenta a resposta incorreta a esta pergunta. a) A questão relativa à raça sempre esteve presente sobre o pensamento e a prática das políticas do Ocidente, especialmente quando se trata de imaginar a desumanidade de povos estrangeiros – ou dominá-los.
b) O racismo é acima de tudo uma tecnologia destinada a permitir o exercício do biopoder, “aquele velho direito soberano de morte”.
c) Na economia do biopoder, a função do racismo é regular a distribuição de morte e tornar possível as funções assassinas do Estado
e) O racismo proporciona a vitimização daqueles que estão fadados ao esquecimento social e colabora corretamente com o Estado que o utiliza como categoria de discernimento entre os realmente são criminosos e os que não são.
"A percepção da existência do outro como um atentado contra minha vida, como uma ameaça mortal ou perigo absoluto, cuja eliminação biofísica reforçaria o potencial para minhas vida e segurança, eu sugiro, é um dos muitos imaginários de soberania, característico tanto da primeira quanto da última modernidade". (MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios. Rio de Janeiro, dezembro de 2016, nº 32, p. 128). Em relação a esta citação, pode-se inferir corretamente que *
a) o autor faz uma clara crítica ao perverso imaginário da soberania, construído pelas sociedades modernas.
b) a citação afirma a atualidade dessa afirmação e reforça que, de fato, quem atenta contra minha vida deve ser eliminado.
c) a minha segurança sempre vale mais do que a do outro, o que justifica o controle do Estado sobre as pessoas para discernir corretamente quem está com a razão.
d) ao considerar a ameaça do outro como "imaginário da soberania", Mbembe coloca a questão no âmbito metafísico, com pouca influência nas questões prático--políticas.
e) Mbembe concorda com o referido imaginário, pois tal fato é indispensável para a manutenção da ordem dentro da sociedade.