Oplano real não impôs qualquer tipo de controle à economia. ele não controlou preços, não controlou salários, e nem pré estabeleceu qualquer tipo de controle, caminhou justamente no sentido oposto. a necessidade imediata era quebrar a inércia da inflação que existia e garantir a confiança da nova moeda, dando liberdade aos agentes econômicos de fazer previsões e aumentar sua produtividade, tal como aumentar a competitividade através de importações e pressionar os empresários a se tornarem competitivos e não abusar do histórico de altas de preço para exacerbar seus próprios lucros. uma combinação de muito sucesso: liberdade e competitividade.
o plano real trabalhou também no sentido de garantir confiança na moeda. devido ao histórico conturbado e de excessivas intervenções, a impressão que nossos governos anteriores passavam era a de extrema irresponsabilidade, e isso era algo que precisava ser imediatamente mudado. assim, o plano real garantiu que as reservas internacionais fossem maiores que nossa base monetária, ou seja, houvesse uma ancoragem, onde indicasse ao investidor que poderia tranquilamente investir no brasil, pois seu dinheiro poderia ser restituído a qualquer momento. logo, criava-se a necessidade de controle das contas públicas, uma vez que a base monetária não poderia extrapolar as reservas internacionais.​